ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE SANTA RITA
24 de ago. de 2011
OFICINA DE FORMAÇÃO-NAV
CURSOS
Oi, galeraa! Vamos falar sob a produção independente de TV, cinema,etc.? Os espero na minha palestra! Bjss e abss
COMO PRODUZIR, CURTAS, CINEMA, SERIADOS ETC, A BAIXO CUSTO.
Local: COOPERATIVA CULTURAL BRASILEIRA ENDEREÇO: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 252 - 5 andar - Barra Funda (em frente ao Memorial da Améria Latina e do Metrô Barra Funda)
Horário: quarta, 31 de agosto de 2011 - 19:00 / 20.30 hs.
Vai se fornecer Certificado de comparecimento.
TEATRO
O espetáculo "A noite que ele não veio" foi aprovado para o Festival de Teatro de Duque de Caxias, nos próximos dias informo a data e horário da apresentação para os FACES.
IMPRENSA-DIARIO DO NORDESTE
Diário do Nordeste
Quarta-feira - 24 de agosto de 2011
Regional
QUITERIANÓPOLIS
Degradação ameaça área de preservação nos Inhamuns
Publicado em 27 de setembro de 2010
Compartilhamento
Quiterianópolis. Um patrimônio ambiental, localizado a 12 km da sede deste Município, na localidade de Cacimbas, está ameaçado desaparecer, caso não cessem os avanços dos desmatamentos frequentes naquela área de preservação. Lá, estão situadas as Cachoeiras do Penha, lugar em que a natureza promove um espetáculo de rara beleza. É uma região com vegetação típica do bioma caatinga.
Do riacho Coimbra, afluente do rio Poty desembocam quatro grandes quedas de água, que se destacam entre os paredões, emoldurados por uma biodiversidade única na região. Espécies vegetais como macambiras, crotes, umburana de cheiro, aroeira, barriguda, tamboril e angicos, entre outras permeiam o local, misturando-se à paisagem e à rica fauna.
"Toda a beleza pulsante do bioma caatinga pode ser aqui encontrada", diz o ambientalista Valdo Vale, diretor do Polo Audiovisual Santa Rita, localizado no município. O Polo realiza projetos financiados pelo programa Mata Branca, fazendo um trabalho de conscientização ambiental dos proprietários das terras. Um deles é o "Anjos da Caatinga", no qual oito monitores ambientais fazem um trabalho voluntário de defesa e preservação da área. Eles fazem um trabalho de coleta de dados e participam de campanhas de sensibilização. Produzem conteúdos audiovisuais para a comunidade de Cacimbas e localidades vizinhas, mostrando a importância do patrimônio natural para as futuras gerações.
Quem visita a área, que é considerada APP (Área de Preservação Permanente) fica encantado com a diversidade e a beleza da "mata branca". Durante os meses de fevereiro a julho, devido ao inverno, o Penha se revela com suas majestosas cachoeiras, entre elas: Salto Maior, do Convento e Poço do Boi, com uma vazão muito grande, encantando quem passa por lá. Em apenas uma trilha pela área podem ser encontrados mais de oito tipos de árvores em extinção do bioma, como arapiraca, pau d´arco roxo, pau d´arco branco, imburana de cheiro, imburana de espinho, imburana preta, ingá e juazeiro.
Todo esse patrimônio natural, porém, pode desaparecer em pouco tempo, caso os desmatamentos não sejam freados na região, cuja área é composta por 300 hectares. Nos últimos três meses, os monitores ambientais que realizam um trabalho de levantamento de dados sobre a fauna e flora das Cachoeiras do Penha têm se deparado com sucessivos exemplos de desrespeito ao ecossistema da região, que a passos largos se transforma em uma paisagem angustiante. "A degradação dói nos olhos de ambientalistas que conhecem as belezas e riquezas deste monumento natural dos Inhamuns", diz Valdo Vale.
A natureza já manifesta sinais visíveis de degradação. Dois olhos d´água que também compõem a beleza do lugar já estão com as suas nascentes comprometidas, tendo já perdido 40% da sua vazão, comprovado pelos monitores ambientais do Polo, que atuam no local diariamente. A menos de cinquenta metros dessas nascentes já foram feitos desmatamentos.
Prejuízos são visíveis
A fauna e a flora também foram atingidas. "Várias espécies de plantas, árvores e pássaros vêm sofrendo com o desmatamento feito próximo aos locais de reprodução, trazendo prejuízos constantes e aos poucos o desaparecimento destas espécies", denuncia o diretor do Polo Santa Rita. João de barro, maracanã, pica-pau rei e periquitos são exemplos de pássaros do bioma caatinga existentes na região, que estão convivendo com o crime ambiental e correm sério risco de extinção. A vegetação também já denota grandes prejuízos e degradação. De acordo com Valdo, nos últimos três anos, a região já perdeu mais de 70% de toda a sua rica cobertura vegetal.
O desmatamento desordenado na região provoca a preocupação, revolta e protestos de ambientalistas na região dos Inhamuns. "Solicitamos uma providência urgente dos órgãos de fiscalização e uma posição definitiva do governo com relação ao futuro da região, que se encontra em grau de degradação muito grande", aponta Valdo Vale.
Monitores preocupados
Os monitores do Polo também reclamam da realidade da região. "O Penha é sem dúvida um dos lugares mais lindos que tive a oportunidade de conhecer, um exemplo de que a caatinga tem a sua beleza particular, a prova está aqui nesta região, quando olhamos as nascentes de água no meio desta paisagem cinza e a beleza das macambiras e crotes, que merecem uma atenção maior por parte das autoridades", declara Rodrigo Ferreira.
O monitor Diego Silva também protesta. "A gente fica triste de ver o quanto a gente se empenha, luta por esta causa e constata este nível de destruição. Será que daqui a dois anos estaremos aqui a lamentar a perda de um dos mais belos monumentos naturais da região dos Inhamuns?", questiona.
Cláudia Araújo, presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Condema) de Quiterianópolis, diz que a partir dos protestos dos ambientalistas, e também preocupados com a situação na APP, o Conselho reuniu os proprietários e está articulando uma reunião técnica com os órgãos de preservação ambiental, Semace e Conpam.
SEGUNDO MINISTÉRIO
Só 1% do bioma caatinga está em área de proteção ambiental
Preservação e recuperação das áreas passam por trabalho voluntário do produtor rural, através de metodologia adequada
Quiterianópolis. Áreas de Preservação Permanente (APP) são regiões nas quais, pela Lei, a vegetação deve ser mantida intacta, tendo em vista garantir a preservação dos recursos hídricos, da estabilidade geológica, da biodiversidade, do fluxo gênico de fauna e flora, bem como do bem-estar da população humana.
Com respeito ao bioma caatinga, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) cerca de 7% se encontram em unidades de conservação, menos de 1% em unidades de proteção, que são as mais restritivas à intervenção humana.
Estas unidades, no entanto, têm sérios problemas de implementação, pois têm de lidar com diversos problemas relacionados à proteção da sua biodiversidade, como caça, focos de incêndio, desmatamento e tráfico de animais silvestres.
A criação de novas unidades de conservação, aumentando a área protegida deste bioma, assim como a melhoria da gestão das já criadas são metas do MMA, por meio do Núcleo do Bioma Caatinga. Na última reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão colegiado do MMA, em agosto passado, em Brasília, foi aprovada a resolução sobre a metodologia adotada no País. No texto-base, é definida a metodologia para recuperação das APPs, consideradas de interesse social pelo Código Florestal. "A resolução, caso aprovada, será um instrumento na mão do produtor rural para que ele possa fazer a recuperação das áreas de preservação permanente sem burocracia", explicou o diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João de Deus Medeiros. A ideia é que aconteçam, voluntariamente, ações de restauração e recuperação de APP. De acordo com o texto, a recuperação de APP poderá ser feita por três métodos: condução da regeneração natural de espécies nativas; plantio de espécies nativas; e plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de espécies nativas.
MAIS INFORMAÇÕES
Polo Audiovisual
Santa Rita - (88) 3657.1015/ (88) 9972.9551 e Conselho Municipal do Meio Ambiente - (88) 9947.9899
Silvânia Claudino
Repórter
IMPRENSA-DIARIO DO NORDESTE
SERTÃO DOS INHAMUNS
Distrito de Quiterianópolis promove bioma por vídeos
Publicado em 16 de novembro de 2010
Compartilhamento
Quiterianópolis. Criança, adolescente ou idoso. Não importa a faixa etária, escolar ou experiência de vida. Basta querer participar e preservar a caatinga. Aqui, a 6km da sede deste Município, na Vila de Santa Rita, o Polo Audiovisual homônimo atua envolvendo toda a comunidade, buscando ser uma grande rede de ação nas áreas ambientais, preservação e documentação da cultura regional. Desde maio do ano passado, quando foi fundado, registra a realização de documentários, eventos, oficinas de artes, música e capoeira, além de cursos. Todas essas ações com um objetivo: preservação da caatinga.
O polo atende mais de 300 jovens e adultos em oficinas e cursos como: produção e edição em vídeo, artes cênicas, dramaturgia, além de aulas de capoeira, cultura popular, vídeo digital e multiplicadores em educação ambiental. Promove apresentações de grupos de cultura popular e exposições fotográficas itinerantes sobre as belezas do Bioma Caatinga. Entre elas: Flores da Caatinga e Elementos Naturais do Penha.
"A ideia nasceu a partir do monitoramento ambiental, da necessidade de preservação das Cachoeiras do Penha", diz o diretor do polo e idealizador de todo o projeto da ONG, Valdo Vale. A Vila de Santa Rita foi agraciada pela natureza com um patrimônio ambiental riquíssimo em sua região, na localidade de Cacimbas, onde estão situadas as Cachoeiras do Penha, que proporcionam aos visitantes um belo espetáculo, com vegetação típica da caatinga. Quatro quedas d´água desembocam destacando-se entre os paredões de pedra. O resultado é uma rara paisagem.
O Polo Audiovisual de Santa Rita faz parte do Projeto Mata Branca, uma parceria entre os governos do Ceará e da Bahia, para empreender ações de preservação da caatinga. Com recursos do Governo Federal e doação do Fundo Internacional do Meio Ambiente, através do Banco Mundial, foram liberados os recursos para compra de equipamentos e capacitação de jovens e adultos na Vila de Santa Rita e comunidades vizinhas. "O nosso foco é produzir conteúdos audiovisuais com temáticas ambientais e culturais, trabalhando estes conteúdos como elementos de sensibilização acerca dos cuidados que devemos ter com o meio em que vivemos", diz o diretor. As ações são desenvolvidas por voluntários, que destinam parte do seu tempo no final de semana.
Compromisso
Com foco centrado nestas questões, o polo tem se notabilizado na região nestes 18 meses de funcionamento pelo compromisso com as causas ambientais. Um exemplo deste comprometimento é o trabalho dos monitores ambientais, os "Anjos da Caatinga". Formado por jovens que voluntariamente realizam coleta de dados sobre a fauna e flora regional, além de participarem de campanhas e eventos que visem à melhoria da qualidade de vida da comunidade, respeitando as questões ambientais. Eles realizam um trabalho de defesa e preservação da área, que inclusive sofreu degradação ambiental por muito tempo e cuja denúncia foi veiculada neste Caderno Regional.
Com base nas coletas de dados, pesquisas e estudos, os Anjos da Caatinga produzem conteúdos audiovisuais para serem repassados para a população da Vila e das comunidades vizinhas, ressaltando a importância do patrimônio natural ali existente. "Buscamos conscientizar a população e os proprietários de terra da região sobre a importância de preservamos o nosso bioma, tanto para o nosso bem e do ambiente, como para as futuras gerações", diz o diretor do polo, que coordena todas as ações desenvolvidas. Ao todo, 10 monitores atuam na região como Anjos da Caatinga.
"O polo trouxe vida nova para todos nós, trouxe um mundo que não conhecíamos", comemora Rodrigo Ferreira, de 18 anos, jovem da comunidade que participa dos projetos. Para ele, a partir da participação nas oficinas e projetos, começou a perceber realidades antes desconhecidas, como a beleza do bioma caatinga.
Projeto Mata Branca
Trabalhando com as comunidades que vivem nos municípios localizados próximos às nascentes dos rios Poty e Jaguaribe, aqui no Ceará, o Projeto Mata Branca de Conservação e Gestão Sustentável do Bioma Caatinga atua nesta região dos Inhamuns nos municípios de Crateús, Tauá, Novo Oriente, Quiterianópolis, Parambu e Independência. Tem como objetivo contribuir para a preservação, conservação e manejo sustentável da biodiversidade do bioma caatinga, melhorando simultaneamente a qualidade de vida de seus habitantes através da introdução de práticas de desenvolvimento sustentável.
Para Tereza Farias, coordenadora do Projeto Mata Branca, o Polo Audiovisual de Santa Rita promove a preservação do bioma caatinga, bem como vários outros projetos desenvolvidos com o apoio do Mata Branca. "Existem projetos riquíssimos na região do semiárido com foco na preservação da caatinga e o Polo é um deles, que com o envolvimento da comunidade através do audiovisual e transformando a maneira como as pessoas viam o bioma. Agora elas passam a compreender a necessidade de conservação da caatinga", diz.
Temática
"O nosso foco é produzir conteúdos audiovisuais sobre temáticas ambientais e e também culturais"
Valdo Vale
Diretor do Polo Audiovisual Santa Rita, em Quiterianópolis
MAIS INFORMAÇÕES
Pólo Audiovisual de Santa Rita - Vila de Santa Rita - Quiterianopólis - tel(88) 3657.1400
http://www.projetomatabranca.org.br/
AÇÃO INTEGRADA
Projeto valoriza cultura e pessoas
Polo de audiovisual desenvolve atividades para preservação da história do lugar, das pessoas e do bioma
Quiterianópolis. Muito mais do que preservação, o Polo Audiovisual de Santa Rita busca a valorização das pessoas e da cultura local. "A conservação da caatinga e sua identidade é a nossa busca", diz Valdo Vale. Para ele, quando se fala em preservação, direciona-se muito para a fauna e flora. "E nós estamos indo além destas questões, temos as figuras humanas e o polo surgiu para dar voz a essas pessoas, a essa cultura, fazendo com que elas sejam protagonistas de suas próprias histórias".
Diz, ainda, que o êxito do polo mostra a força do audiovisual como ferramenta de inclusão social. E como prova destas palavras, nada melhor do que o famoso "Câmeras, luz e ação". O polo, nesses pouco mais de um ano e meio de fundação, já produziu três documentários, uma série e em janeiro inicia a gravação do filme "Angicos", que vai retratar na visão de um garoto de 10 anos sobre a beleza e os desafios de se viver no bioma caatinga.
Estreia
Primeira produção do Polo Audiovisual, o filme "Os caretas" mostra as apresentações, depoimentos e canções do Grupo de reisado de mesmo nome, liderado pelo Mestre Tunico Lacerda, um dos maiores representantes da cultura regional nos sertões dos Inhamuns. "Foi uma homenagem prestada a este saudoso nome da cultura popular da nossa região", afirma o diretor Valdo Vale.
A produção "Mulheres de Valor", documentário que enfocou através de depoimentos a vida de seis mulheres que nasceram, criaram suas famílias com dificuldade, passando por várias secas e até hoje vivem na caatinga. Um retrato de uma época que não oferecia as vantagens e facilidades de hoje.
"A Senhora do Poço Preto" é outro filme produzido pelo polo e mostra o dia a dia de Dona de Lourdes, uma senhora de 89 anos, que mora em um lugar esquecido pelo tempo. Uma mulher que com sua trajetória de luta, garra e determinação é um exemplo de sobrevivência no sertão nordestino.
A série "A Guerra da Água" é outra produção da ONG. Aborda em três capítulos, utilizando o bom humor, a questão do desperdício de água e suas consequências em uma pequena cidadezinha do interior do Brasil chamada Cafundó.
Realização de sonhos
Para Diego Santos, de 16 anos, a produção de documentários e gravações eram apenas sonho. Não acreditava na realização. "No começo não acreditei muito, já imaginou fazer filmes aqui? Mas resolvi embarcar no sonho do pessoal e hoje sei que com esforço e trabalho as coisas acontecem". João Felipe, de 15 anos, também demonstra sua alegria com a realização das produções e trabalhos desenvolvidos: "tudo isso foi possível porque acreditamos, é uma alegria danada ver que tudo deu certo".
Outras ações
Eventos também fazem parte das ações do Polo Audiovisual Santa Rita, movimentando o Município e a região em torno da dinamização da cultura e preservação ambiental. Este ano foram realizados dois Festivais e um Fórum Ambiental no mês de maio, por ocasião dos festejos da padroeira Santa Rita. O Festival de Arte e Cultura agrega as mais variadas manifestações culturais da região.
O Festival de Cinema e Vídeo de Santa Rita exibiu vídeos, documentários e filmes abordando a questão ambiental em âmbito global, privilegiando, porém, os problemas e discussões específicos da região. A primeira edição ocorreu este ano.
Já o Fórum Ambiental reúne, anualmente, ambientalistas, comunidade, técnicos e pessoas que se interessam pelo tema. Tornou-se um espaço em que a comunidade pode discutir e conhecer as experiências que estão somando para a melhoria da qualidade de vida no planeta.
SILVÂNIA CLAUDINO
REPÓRTER
IMPRENSA/ O ESTADO - 12 DE MAIO DE 2010
As vozes e as imagens da Caatinga
Pouco mais de 67% da população brasileira vivia nas zonas urbanas em 1980, segundo o IBGE . Na década de 90 essa taxa cresceu para quase 80% dos brasileiros. O jornalista e produtor Valdo Vale foi um dos que avultaram essa taxa em 1987, quando deixou a pequena Vila de Santa Rita, no interior do Ceará, a 5km do Município de Quiterianópolis.
“É claro que muita gente foi embora. O retirante luta pela sobrevivência, para criar a família, pra ver os filhos crescendo e ter possibilidades”, comenta Vale sobre sua jornada para encontrar os pais, retirantes estabelecidos no Maranhão. Inicialmente foi para São Paulo e Rio de Janeiro de onde seguiu para Barcelona, na Espanha e depois para Acapulco, no México. Foram 18 anos longe do Nordeste, formou-se jornalista, roteirista e atuou na área cinematográfica.
Há cinco anos o Cineasta retornou à Região e juntou-se à Associação Comunitária de Santa Rita, onde nasceu a ideia de um “agente de transformação através do audiovisual”. Conheceu pela primeira vez parte da família, sua cultura e também a Caatinga. “Eu não tinha muita identificação com as nossas tradições, morei 14 anos em um lugar que não conhecia, quando se fala em Caatinga a primeira impressão é a de um Bioma sem vida e não é o caso.”
Assim, há um ano, surgiu o Polo Audiovisual de Santa Rita, como subprojeto do Projeto Mata Branca – uma parceria entre os governo da Bahia e do Ceará para empreender ações de preservação da Caatinga; com recursos próprios, do Governo Federal e doação do Fundo Internacional do Meio Ambiente, através do Banco Mundial - que liberou os recursos para compra de equipamentos e capacitação de jovens e adultos de Santa Rita e comunidades vizinhas.
Hoje, Vale afirma que o Polo busca a “conservação” da Caatinga. “Quando fala-se em preservação, direciona-se muito para a fauna e a flora e o Bioma Caatinga vai além de todas essas questões, temos as figuras humanas,” explica o jornalista, sempre lembrando que o Polo “surgiu para dar voz a essas pessoas, a essa cultura”.
Sobre o Polo
O Polo já produziu dois documentários e duas séries, atende mais de 300 jovens e adultos com oficinas de Produção e Edição em Vídeo e Artes Cênicas, além de cursos de Violino e Sopro; Violão e Teclado; Arte Dramática; Produção em Vídeo; Capoeira e Monitoria Ambiental. Promove apresentação de reisados com grupos regionais e exposições itinerantes de fotografias acerca da Caatinga.
Os monitores ambientais visitam semanalmente a Cachoeira do Penha para empreender ações de educação ambiental junto aos membros da comunidade do entorno e visitantes. Estão também organizando um banco de dados da área. Segundo Valdo, 99% dessa região foram completamente devastadas e a única trilha de acesso à Cachoeira que restou abriga mais de 18 árvores em extinção, próprias do Bioma Caatinga.
De 13 e 16 de maio acontece a 3ª edição do Festival de Arte e Cultura de Santa Rita e em paralelo o 1º Festival de Vídeos e Cinema, mais uma iniciativa do Polo.
IMPRENSA/ O ESTADO
CULTURA E MEIO AMBIENTE - Comunidade integrada nas ações de preservação Caatinga
Por Jorge Macêdo
Com o tema Caatinga um Bioma Fascinante, o IV Fórum Ambiental da Villa de Santa Rita, em Quiterianópolis, discutiu no último fim de semana a preservação do bioma tendo a participação de cerca de mil pessoas. Durante dois dias, diversas atrações culturais, mostras de vídeos e palestras proferidas por ambientalistas e gestores ambientais movimentaram a vila situada cerca de cinco quilômetros da sede do município.
A edição 2011 do Fórum foi aberta no dia 14 último com apresentação do documentário “A Senhora do Poço Preto”, contando a história da dona De Lourdes, que prestes a completar cem anos esbanja saúde, disposição e bom humor. Em seguida, os debates iniciaram com palestra da educadora ambiental da Superintendência Estadual de Meio Ambiente (Semace), Evaneida Peixoto, que fez uma explanação geral sobre educação ambiental e como ela pode ser aplicada no dia a dia das comunidades. A segunda palestra do dia foi apresentada por Irismar Pereira, professora do Instituto Federal de Educação, campus Iguatu (IFCE), sobre o Ano Internacional das Florestas. À noite aconteceram apresentações culturais e musicais.
No segundo dia de evento, a professora Irismar Pereira apresentou palestra com o tema “Como Cuidar do Lixo”, abordando como um conjunto de ações simples podem fazer a diferença na vida da comunidade nas questões relacionadas ao lixo. Irismar explicou que a principal medida que todos devem adotar é não gerar lixo. Outro foco é na conscientização sobre o destino dos resíduos. “Nem tudo o que parece ser lixo é realmente inutilizável e acabamos jogando fora coisas que ainda podem ter utilidade. Todos devemos nos atentar pra isso”, explicou a professora.
Sub projeto do Mata Branca
Os debates foram encerrados com a participação da coordenadora geral do Projeto Mata Branca, Tereza Farias, que falou das ações desenvolvidas pelo projeto dando ênfase ao Polo Audiovisual de Santa Rita, que realiza o Fórum Ambiental. Tereza afirmou que o Polo Audiovisual realiza um dos trabalhos de mais destaque entre todos os sub projetos do Mata Branca, tendo sido inclusive convidado a apresentar a iniciativa na Bahia, onde deve ser replicado. Após, houve a entrega da comenda “Mulheres de Valor”, conferida anualmente a mulheres de relevante participação na vida da comunidade, e com uma homenagem ao mestre da Cultura, Seu Tonico, com a apresentação do grupo de reizado fundado por ele. O evento foi encerrado à noite com apresentações musicais.
O Polo Audiovisual de Santa Rita é um sub projeto do Projeto Mata Branca que desenvolve um trabalho de preservação da cultura e do meio ambiente no município de Quiterianópolis. As ações acontecem por meio de produções audiovisuais, como filmes, séries e documentários com temáticas ambientais, além de um trabalho de conservação de monumentos naturais localizados no município, como as cachoeiras do Penha. O diretor do Polo, Valdo Vale, disse que cada dia mais a comunidade está se envolvendo nas discussões e desenvolvendo a consciência de preservação do bioma caatinga. “Nós temos lutado para preservar o nosso bioma colocando como prioridade as pessoas que vivem nele.
Consideramos que o elemento mais importante da Caatinga são justamente as pessoas”, destacou.
REPORTAGEM
ECOAR 2011
IMENSIDÃO
CURSO/ILUMINADOR
CAFUNDÓ
11 de jul. de 2011
5 de jul. de 2011
MOSTRA OLHARES
IV FESTIVAL DE ARTE E CULTURA
29 de jun. de 2011
INDICADO
UNA CARTA PARA LOLA/URUGUAI- A SENHORA DO POÇO PRETO/BRASIL- UM OLHAR EM CADA ESQUINA/BRASIL
PRODUÇÃO
31 de mar. de 2011
7 de mar. de 2011
PENHA- MARÇO DE 2011
3 de mar. de 2011
MOSTRA OLAHARES 2011
Durante a MOSTRA OLHARES 2001 o público vai acompanhar as mais variadas produções, uma oportunidade único para conferir filmes que não são adquiridos pelo mercado Regional.
CABEÇA A PRÊMIO
NA CASA AO LADO
VALPARAISO
QUANDO O UNIVERSO COSPIRA
LA NANA
UNA CASA CON VISTA EL MAR
VISÕES
JOSUÉ E O PÉ DE MACAXEIRA
ANTES QUE O MUNDO ACABE